... ou quase isso. Na verdade uma atitude contra o governo central (Ditadura de Getúlio Vargas).
Em 1937, a ditadura de Getúlio Vargas promoveu, em praça pública, a queima de todas as bandeiras estaduais. Num ato de extremo autoritarismo, contra o federalismo estadual e outras liberdades constituídas (derrubara também o Congresso e a Constituição).
O uso, então, dos símbolos estaduais estava proibido - era crime. Nesse contexto, em 1940, o estádio do Pacaembu é inaugurado. Getúlio Vargas, como presidente, quase que por obrigação é convidado para os festejos. Ocorre então o desfile das delegações, citado abaixo por Conrado Giacomini, em Dentre os Grandes, És o Primeiro e já retratado nesse site (SPFCpédia) no texto O Mais Querido:
Em 1937, a ditadura de Getúlio Vargas promoveu, em praça pública, a queima de todas as bandeiras estaduais. Num ato de extremo autoritarismo, contra o federalismo estadual e outras liberdades constituídas (derrubara também o Congresso e a Constituição).
O uso, então, dos símbolos estaduais estava proibido - era crime. Nesse contexto, em 1940, o estádio do Pacaembu é inaugurado. Getúlio Vargas, como presidente, quase que por obrigação é convidado para os festejos. Ocorre então o desfile das delegações, citado abaixo por Conrado Giacomini, em Dentre os Grandes, És o Primeiro e já retratado nesse site (SPFCpédia) no texto O Mais Querido:
"As representações de Corinthians e Palestra Itália foram ovacionadas pelas suas torcidas ao entrarem em campo. Todavia, nada igual à recepção tricolor. O estádio veio abaixo com a entrada da delegação do São Paulo, que, além do nome, trazia na camisa as cores da bandeira paulista.Fatos assim, desse porte e gênero, não aconteceram somente nesse dia. Era comum, em manifestações da época da ditadura de Getúlio Vargas, o uso da Bandeira do SPFC como se fosse a bandeira do Estado de São Paulo, já que esta fora banida.
Era uma resposta do público ao presidente Getúlio Vargas, odiado em São Paulo desde a Revolução Constitucionalista de 1932. As manifestações de apoio ao São Paulo vinham de todas as partes, das camadas populares nas arquibancadas ao setores mais nobres do estádio. A multidão em peso se levantou aplaudindo e gritando entusiasticamente:
- São Paulo, São Paulo, São Paulo! - apontando para a tribuna de honra, onde estava o presidente Getúlio Vargas."
Repare na foto acima o uso de um pavilhão tricolor como porta-voz dos paulistas em um protesto de trabalhadores (a faixa ao centro parece reinvidicar algo para trabalhadores de lavoura).
Como já dizia o Almanaque Sportivo de Thomaz Mazzoni:
Como já dizia o Almanaque Sportivo de Thomaz Mazzoni:
Brasileiro de São Paulo:Hoje, o panorama do Brasil é outro. O São Paulo rompeu fronteiras: estaduais, regionais, nacionais, internacionais... Não pertencendo mais a um único povo, a um único chão. Ainda assim, contudo, teve tradicional berço, ao qual honrou com orgulho - principalmente quando mais precisaram.
O São Paulo FC é o Teu
Clube, pois tem o nome de
tua terra e a alma de tua gente
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